Chamados os militantes, estarei com eles, ao seu lado.

Ontem o presidente do Partido surpreendeu todos, num momento de rasgo que só alguns conseguem, num momento de clara afirmação das suas convicções e da convicção de que o Partido estará com ele, deixou claro que o partido tem de continuar a ser credível e sereno.

Esperavam declarações destabilizadoras - faça-as o Dr. Telmo.

Esperavam confusão - faça-a o CNJ.

Esperavam tropehias - façam-na a meia dúzia que tem vindo a prejudicar o partido.

Acompanhado de muitos elementos da sua CPN, dirigiu-se às 20h15 para o púlpito, olhou olhos-nos-olhos os portugueses que seguiram, como eu, na TV e disse o que todos esperavam de alguém que realmente lidera, de alguém que sabe que o partido está acima de interesses pessoais. Ficam algumas ideias:

"A 1 de Março, o Dr. Paulo Portas, anterior presidente do partido, que se foi embora, apresentou o propósito de retomar a liderança, encabeçando a oposição interna. Atingiu a estabilidade dos órgãos dirigentes e quebrou o respeito dos mandatos. Em matéria de “institucionalismo”, palavra muito em voga, estamos conversados."

"Não pode haver maior abalo a uma instituição. Os acontecimentos recentes, que feriram a tranquilidade dos militantes e a imagem do partido, são resultado óbvio e directo disso mesmo: um ataque político misturado com um golpe estatutário"

"Não fugi, nem evitei um “frente-a-frente”, público e esclarecedor, sobre as questões políticas de fundo – insisto nesse “frente-a-frente” com o Dr. Paulo Portas"

"Como Presidente do CDS, o gesto das bases constitui a responsabilidade mais incontornável: não abandono esses ou outros militantes, de que sou também um, nem concorro para o atropelo dos seus direitos. E é também por causa desse dever que sigo em frente."

"Iremos debater e ter que decidir sobre o modelo de partido que queremos; sobre o estilo e o modo de fazer política; sobre o nosso posicionamento estratégico; sobre a agenda de valores; sobre a nossa implantação e rede; sobre a raiz autárquica; sobre a abertura à sociedade civil; sobre a identidade democrata-cristã; sobre as propostas e prioridades para Portugal; sobre clareza ou plasticina; sobre a oposição de direita e centro-direita e a construção da Alternativa de Governo; sobre o serviço de Portugal."

" Chamados os militantes, estarei com eles, ao seu lado"